Cardiomiopatia dilatada
É uma doença letal, incurável, de origem genética e hereditária, que consiste na dilatação e perda de espessura e de força do miocárdio, o qual perde gradualmente a capacidade de bombear o sangue, provocando insuficiência cardíaca e respiratória. Costuma manifestar-se entre os 4 e os 10 anos, podendo no entanto surgir antes ou depois. Os sintomas incluem intolerância ao exercício, perda de apetite, tosse, arfar, ascite (barriga de água). Pode surgir abruptamente ou causar morte súbita. A partir do momento em que se manifesta, a esperança de vida é curta, mas, se detectada precocemente, uma terapêutica adequada poderá aumentá-la até quatro anos.
É, por isso, importante, tanto para os criadores como para os tutores, efectuar rastreios regulares, bienais - no segundo caso para, com um diagnóstico precoce, tentar retardar a evolução da doença e melhorar a qualidade de vida do cão e, no primeiro caso, também para tentar evitar que exemplares afectados sejam usados como reprodutores.
É comum nas raças de grande e médio porte. Na investigação de Doutoramento do Prof. Luís Lima Lobo, sobre a doença no Cão da Serra da Estrela, efectuada entre 2004 e 2009, 20% dos exemplares que nela participaram estavam afectados.
Regra geral, consiste numa ecografia, podendo também ser efectuado um electrocardiograma e, em caso de necessidade de confirmação do diagnóstico ou para informações adicionais, uma radiografia. O despiste deve ser efectuado a partir dos dois anos de idade, a cada dois anos.